Eu atrasei meu retorno ao trabalho e isso foi ótimo!

Recentemente tirei férias, deixei o canal e outras atividades um pouco de lado que é algo que recomendo que todo mundo faça.

Quando voltei, fui informado de que precisava ficar fora do apartamento por uma semana.

Por mais que fossem férias, confesso que foram meio estressantes, porém tudo bem, às vezes uma viagem de férias não sai como esperamos. Além disso, quando você quer voltar pra sua casa e não consegue, também é ruim.

Quando voltamos pra casa tinha aquela lista interminável de coisas pra fazer: uma fila de vídeos pra subir no canal, trabalho no Capicart e no Keyrunes pendentes, além de continuar trabalhando no curso de Rust. Além é claro de algumas obirgações legais e cuidados com a casa em si. Mas aí aconteceu algo...

Bom, se você não sabe, eu estudo alemão hoje. Acabou a fase do B1, que é uma parte do curso de integração que precisava fazer por morar aqui. Agora vou pra segunda fase, que é chegar até o nível B2.

Contúdo, muitos dos meus colegas de curso não vão continuar, seja porque não conseguiram passar na prova ou porque, nesse momento, vão optar por pegar algum trabalho e continuar os estudos no futuro.

Com isso, eu decidi conversar no particular com alguns deles, e essa foi uma das melhores coisas que fiz nos últimos tempos.

Primeiro, porque durante o curso eu evitava falar com eles fora do curso por achar que poderia ser uma pessoa desagradável. Além disso, por ser o único brasileiro, não conheço bem a cultura dos meus colegas e não sei como eles se sentem sendo abordados diretamente.

E por que foi bom? Primeiro, porque muitos deles me consideravam uma pessoa educada, gentil e prestativa. Algo que não imaginava que eu era, muito porque, na minha visão particular, acho que tenho cara de pessoa que está entediada com tudo que está sendo dito. E, dado algumas situações, isso acabou me trazendo um ânimo. Às vezes vem alguém me agradecer por algum vídeo no YouTube, o que sempre é bacana, mas não é muito comum até pelo canal ser pequeno.

Isso acabou dando uma injeção de ânimo. Outro ponto é parar pra ouvir a história de outras pessoas: o que as fez vir pra Alemanha e o que elas pensam do futuro. Isso é um exercício que eu fazia muito quando tutorava desenvolvedores mais jovens onde eu trabalhei, e acredito que é algo muito enriquecedor tanto pra mim quanto pra pessoa que está dividindo sua história.

Além disso, pude compartilhar algumas histórias com algumas pessoas. O fato de ter alguém pra conversar e falar de seus anseios, problemas e felicidades, pra mim, é algo que acabou trazendo um novo ânimo.

Também me faz pensar nas minhas próprias escolhas, tanto na vida pessoal quanto profissional. Tanto que, quando voltei a refletir nos meus trabalhos e no meu dia a dia, repensei algumas coisas que estava fazendo e agora estou tentando fazer de uma forma diferente.

Acredito que, às vezes, poder compartilhar um pouco e receber também de outras pessoas é algo ótimo pra ajudar o próximo, além de também trazer uma visão diferente do que você está fazendo.

Já passamos da metade do ano, e essas conversas, pra mim, me ajudam quando preciso organizar as coisas: verificar projetos que precisam continuar, parar ou mudar, ou até um hábito que gostaria de incluir ou abandonar. Pois trazem um frescor pro meu dia a dia. Muitas vezes nós estamos apenas fechados nos nossos problemas, desafios e vícios.

Eu sou uma pessoa introvertida e tímida. Muitas vezes tenho dificuldade até de conversar com outras pessoas. Provavelmente precise fazer um teste pra verificar se não estou dentro do espectro do autismo, mas, mesmo assim, compartilhar experiências com outras pessoas é algo que me ajuda como uma renovação da minha energia. Além disso, muitas vezes consigo ajudar a pessoa de alguma forma.

É a famosa relação ganha-ganha, e fico muito feliz quando alguém consegue melhorar a sua vida de alguma forma e eu ajudei com alguma palavra amiga ou de motivação. Sinto que fui um agente de mudança para o bem.

Por isso, a reflexão que gostaria de trazer hoje é: você tem falado com amigos ou parentes? Tem compartilhado histórias que vão além de novos projetos, coisas do trabalho, coisas pra estudar etc.?